segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Mudanças necessárias

Estamos ajustando a Rede Estadual de Ensino, abrangência da 18ª CRE, apontando em 3 dimensões: reestruturação curricular; redistribuição de pessoal e matrículas; qualificação dos espaços escolares.

A reestruturação curricular atinge os anos iniciais do Ensino Fundamental, o Ensino Médio, a EJA e incorpora a perspectiva de áreas do conhecimento, apresentadas pelo ENEM, rompendo com a visão fragmentada da listagem de disciplinas isoladas. Os novos currículos deverão abordar, entre outros aspectos, o trabalho como princípios educativo.

O trabalho, faz parte do processo civilizatório e proporcionou o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, fundamentos da modernidade. Enfatizar o mundo do trabalho no processo educativo também significa elucidar os instrumentos de alienação, exploração, flexibilização de direitos, desigualdade entre gêneros, entre outros.

Os jovens aprendiam na prática, no convívio social, como poderiam contribuir com a sua comunidade. No mundo moderno esta tarefa foi atribuída à escola, que progressivamente abandonou a ideia original do "aprender fazendo" para limitar-se a transmissão de conhecimento. O Ensino Escolar centrou-se, por alguns séculos, no discurso do professor e na memorização do aluno. O resultado são alunos pouco autônomos e currículos distantes do mundo concreto.

Hoje, com o desenvolvimento tecnológico, a internet, a relativização das "verdades científicas" consolidou-se a certeza de que o conhecimento é um processo em construção ao longo da vida, donde demanda adequar os procedimentos escolares e reafirmar o papel da escola nesta sociedade tecnológica, retomando os pressupostos do trabalho como princípio educativo e desvendando as razões pelas quais o sistema capitalista, em crise, privilegia a especulação e não o trabalho produtivo.

Com a reestruturação de pessoal e matrículas, através da informatização dos procedimentos, buscamos o melhor aproveitamento de nosso quadro de servidores, concentrando as horas docentes em uma ou duas escolas para possibilitar a formação em serviço e o melhor atendimento aos educandos. A valorização dos trabalhadores da educação, seja pela melhoria salarial, compromisso deste governo, seja pelas condições dos espaços físicos onde atuam, é vital para a qualificação do atendimento aos educandos. Aqui declaramos nosso respeito pela luta sindical e a compreensão de que o Governo é governo de todos, sujeito a correlação de forças da sociedade.

Quanto a qualificação dos espaços escolares, estamos investindo na realização de obras de pequena monta e executadas pela própria escola, supervisionadas pela Coordenadoria Regional de Obras. Os restauros, as novas edificações e as obras de ampliação dos prédios escolares continuarão centralizadas na Secretaria Estadual de Obras. Neste item, tem destaque a conclusão das obras de ampliação da Escola Silvério da Costa Novo e a entrega do projeto do novo prédio da Escola Alfredo Ferreira Rodrigues, aguardado desde 2007. Também contamos com recursos do Governo Federal para construção de quadras e coberturas. Em Rio Grande sete escolas foram contempladas, duas em Santa Vitória, uma em São José do Norte, cujos processos de implantação já foram enviados ao MEC. Esta ação vincula-se a atenção redobrada aos JERGS e ao programa de revitalização do esporte escolar, coordenado pela 18ª CRE. 

Neste período concentramos nossos esforços no desafio de reverter a tendência de queda dos últimos anos e resgatar a rede estadual de ensino. Estamos conscientes que alcançar a escola dos nossos sonhos vai demandar muito trabalho e empenho por parte do governo do Estado, trabalhadores em educação, alunos e pais.

Profª Neila Gonçalves Silva
Coordenadora Regional de Educação

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