domingo, 29 de junho de 2014

Programação da 11ª Mostra de Educação Profissional



Rio Grande sedia a 11ª Mostra de Educação Profissional, Ensino Médio Politécnico e Curso Normal das Regiões Sul e Campanha, nos dia 1º, 2 e 3 de julho, no Armazém 5 do Cais do Porto Velho. 

O evento nasceu em 2004 com o objetivo de contribuir com a melhoria da qualidade da educação, ao promover a produção do conhecimento científico no espaço educacional da Escola Pública. São sete mostras regionalizadas que agrupam as 30 Coordenadorias Regionais de Educação do Rio Grande do Sul.

O tema desta 11ª edição é “Juventude: desafios científicos e sociais”, divididos por eixos tecnológicos: Ambiente e Saúde; Segurança; Desenvolvimento Educacional e Social; Controle e Processos Industriais; Gestão e Negócios; Turismo, Hospitalidade e Lazer; Informação e Comunicação; Infraestrutura; Produção Alimentícia; Produção Cultural e Design; Produção Industrial, Recursos Naturais, Pesquisa no Ensino Médio Politécnico e Curso Normal. Os trabalhos vencedores serão classificados para a 8ª Feira Estadual de Ciência e Tecnologia da Educação Profissional (Fecitep), que ocorrerá entre os dias 26 e 29 de agosto.

Confira a programação

01/07
Visitação Pública e Avaliação dos Especialistas
14h - Abertura ao público
15h - Abertura oficial
17h - Apresentação Cultural -Kepler e Flávio
21h - Encerramento

02/07
Visitação Pública e Avaliação dos Especialistas
9h - Abertura
12h - 14h - Intervalo para almoço
14h - Reabertura
19h - Roda de Conversa—Cirandar
21h - Encerramento

03/07
Visitação Pública
9h - Abertura
12h - 13h 30- Intervalo para almoço
14h - Apresentação Cultural—Banda En Joy
15h - Premiação e Encerramento

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Atividades integradas promovem a interdisciplinaridade

Duas paixões mudaram a rotina da professora de matemática de 30 anos, Daiane de Jesus Vieira. A sala de aula e a fotografia viraram companheiras a partir de ideias e oportunidades que ela viu aparecerem pelo caminho. Provando que o ensino pode acontecer de maneiras diferentes e que nem sempre é a teoria quem vence, ela ensina aos seus alunos aquilo que sabe sobre a fotografia. Voluntária no projeto e inovando no ensino público, ela espera que o futuro consolide os seus sonhos, sem nunca esquecer que é a atual profissão que a levou em muitos lugares.

"Estou unindo o útil ao agradável." Daiane tem a sorte de estar lidando com dois dos seus grandes interesses. Desde os 22 anos, com o nascimento de sua filha, ela começou a fotografar ainda com câmeras analógicas e descobriu que tinha talento. "Alguns amigos foram elogiando e percebi que gostava mesmo", conta ela, que diz ser autodidata e ter aprendido sozinha sobre a arte da fotografia. Desde 2011 a professora dá aulas de matemática na Escola Estadual de Ensino Médio Professor Carlos Loréa Pinto, mas somente este ano surgiu uma oportunidade de levar conhecimento além dos números para os alunos. Como a escola de quase 1,4 mil estudantes é beneficiada pelo Programa Ensino Médio Inovador (Proemi), que visa desenvolver propostas curriculares inovadoras, as oficinas de fotografia acabaram virando realidade. Com apoio da escola e do Proemi, Daiane ofereceu, então, o seu tempo e a sua habilidade com fotos para os alunos. “A escola me abriu completamente as portas”, exclama. Para ela, voluntária do programa, o pagamento é a satisfação interior.

Daiane é uma daquelas pessoas que inspiram e foi assim que inspirou os seus alunos da oficina de fotografia. Iniciada em 29 de abril, deve encerrar na próxima semana com cerca de 15 alunos assíduos nas aulas. Mesmo sem verba para compras câmeras para cada um, a escola prestou todo auxílio à professora, mostrando que são os esforços conjuntos que formam alunos completos para o futuro. Agora, chegando ao fim, a perspectiva é de que no segundo semestre as oficinas abram novas turmas ou deem continuidade com os alunos atuais em aulas com conteúdos avançados.

Teoria e prática
Manusear a câmera, conhecer funções como "velocidade" e "obturador", ajustar o foco, errar, acertar, enxergar a foto antes do clique. Quem olha de longe diz logo que "é só colocar a máquina no automático". Para os alunos de Daiane o aprendizado vem aos poucos e de forma manual. Paciente, ela explica a eles cada detalhe, incluindo cores, luzes, diferentes cenários e apresenta também fotógrafos que construíram seu espaço no meio. 

"A fotografia é interdisciplinar", afirma ela. Envolvendo artes, física, química, história e até a própria matemática, as aulas evoluíram para a fase prática. Ao todo, foram seis módulos de aprendizado, tudo registrado e organizado por Daiane. A coordenadora do Proemi na escola, Rosemary Bianchi, confirma que atividades como essa, realizadas em um turno inverso do horário de aula dos estudantes, vêm dando certo. “Os alunos gostam de estar na escola, mas não na sala de aula, e com certeza oficinas assim ajudam na concentração e vontade deles”, comenta.

A partir das aulas práticas os alunos começaram a vivenciar aquilo que a teoria tanto lhes falava. Daiane observa, orienta, orgulha-se. “Dá para perceber que alguns têm talento para seguir adiante”, revela. Para ela, o mais importante na primeira aula do curso foi questionar os alunos quanto ao interesse deles na fotografia. “Uns quatro responderam que desejam trabalhar nesse ramo, fiquei bem feliz”, diz. A última aula do curso será especial. Com a presença de três modelos voluntárias, os alunos fotografarão em um cenário com belezas naturais e poderão colocar toda sua criatividade em ação. Recentemente, um dos trabalhos propostos por Daiane foi o de retratar o ambiente escolar. “Era uma espécie de fotodocumentário com a própria visão deles da nossa escola”, explica.

Em uma das aulas os alunos receberam a visita do fotógrafo rio-grandino Aldivo Mendes. A intenção da professora era oferecer o contato com alguém que, além de amar o que faz, é da cidade, assim como eles. “Foi muito bom, porque mostrou para eles que fotografar requer um olhar diferente e muita vontade para aprender.”

Futuro em aberto
Aquilo começou como uma brincadeira tirando fotos da filha recém-nascida, virou um trabalho de verdade. O que Daiane talvez não esperava é que a fotografia pudesse também ganhar um espaço tão grande entre os seus planos futuros. Mesmo trabalhando como professora, ela tem em sua casa o que chama de “um estúdio improvisado” e já trabalha com alguns eventos. Grata pela profissão de professora e todas as experiências que pôde viver até hoje dentro das salas de aula, ela confessa uma ponta de decepção. “A falta de motivação dos alunos é frustrante”, desabafa. Embora fale com certeza do gosto por dar aulas, ela admite que pensa, sim, em um dia conseguir trabalhar somente com a fotografia. “É um sonho, não pretendo desistir.”

Fonte: Matéria publicada no Diário Popular de 22 de junho de 2014
http://www.diariopopular.com.br/index.php?n_sistema=3056&id_noticia=ODUwNDU%3D&id_area=OA%3D%3D

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Olhares Sul-Rio-Grandeses prepara a 4ª rodada


Iniciado em 2013, Olhares Sul-Rio-Grandendes é uma atividade de formação continuada para professores da Educação de Jovens e Adultos realizada na Região da 18ª CRE, em parceria com a FURG/PROEXT e a Secretaria Municipal de Educação/Rio Grande.


A reflexão sobre a prática e novas proposições para o trabalho com a EJA, envolve leitura, encontros mensais em núcleos organizados nos quatro municípios que integram a 18ª CRE: Chuí, Santa Vitória do Palmar, São José do Norte e Rio Grande, onde participam, também os professores da Rede Municipal de Ensino. A rodada de junho tratou sobre a avaliação, incluindo representações dos estudantes e professores sobre o tema.


A parceria e o grupo de professores estão consolidados. Relatos, notícias e materiais utilizados na formação estão disponíveis na página https://www.facebook.com/groups/162390830628993/. 


"Olhares Sul-Rio-Formação Continuada de Jovens e Adultos" realizará nos dias 04/07 (noite) e 05/07 (manhã), no Auditório do Juvenal Miller, mais um "Encontrão" de todos os Pólos - Rio Grande, São José do Norte, Santa Vitória do Palmar e Chuí. O último foi em março, retomando as atividades do ano letivo.
Contamos com a presença de todos!!!

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Brasil está no 72º lugar em ranking de educação

O Brasil aparece em 72 lugar, atrás de Peru, Equador e Jamaica, num ranking de 127 países em que a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) analisa os avanços em direção a quatro metas educacionais: universalização da educação primária, redução de 50% do analfabetismo adulto, evasão após a 5 série e igualdade de acesso à escola para meninos e meninas. O documento foi divulgado ontem em Brasília e mostra que 103,5 milhões de crianças em idade escolar no mundo estão fora das salas de aula, enquanto as nações ricas relutam a liberar recursos para diminuir o problema nos bolsões de miséria do planeta.
A Unesco divulgou classificação semilar em 1998, mas o Brasil não era citado — o que torna impossível saber se o país melhorou ou piorou. O Brasil está no grupo intermediário de 51 países que, segundo a Unesco, até 2015 só atingirão parte das metas estabelecidas para o período no Fórum Mundial de Educação, em Dacar, no Senegal, em 2000. Argentina (23), Cuba (30) e Chile (38) estão no grupo de 41 países já próximos de atingir as metas. Outros 35 países, a maioria da África, além de Índia (105) e Paquistão (123), dificilmente cumprirão a meta.

O Relatório Mundial de Monitoramento sobre Educação para Todos 2005 reúne dados de 2001 e 2002. Ou seja, reflete a realidade do fim do governo Fernando Henrique. O aumento do número de crianças matriculadas é motivo de elogio, e a universalização do ensino primário, uma das seis metas determinadas em Dacar —- e uma das quatro a compor o ranking da Unesco — será atingida pelo país.

O problema é que as crianças vão para a escola, mas pouco aprendem. E boa parte não avança além da 5 série. O relatório mostra isso de forma clara. Considerando apenas o índice de matrículas no ensino fundamental, o Brasil ocupa a 32 posição no ranking, isto é, está no grupo de elite. No item evasão após a 5 série, porém, o país aparece em 87. No quesito analfabetismo de cidadãos de 15 anos ou mais, que afeta 11,8% da população brasileira em 2002, está em 67 lugar. E fica em 66 na igualdade de acesso para meninos e meninas: as mulheres são maioria nas salas de aula brasileiras. O resultado geral é a 72 posição no ranking.

— A classificação foi justa. Mas o resultado não é da história do atual governo, nem do governo anterior, e sim de sucessivos governos que não tinham o sentido republicano estratégico, que não consideravam a educação um bem público essencial — disse o ministro da Educação, Tarso Genro.

Unesco fez comparação de gastos com o PIB

A Unesco também divulgou dados dos gastos com ensino proporcionalmente ao PIB (Produto Interno Bruto). De um grupo de 16 na América Latina, o Brasil está em nono, com 4,2% do PIB destinado à educação, imediatamente atrás do Panamá (4,5%), da Colômbia (4,6%) e da Argentina (4,7%). Cuba aparece em primeiro lugar, com 8,7%, seguido pela Bolívia, com 6,2%.

O diretor-geral da Unesco, Koïchiro Matsuura, cobrou dos países desenvolvidos verbas para projetos em nações pobres. A Unesco estima que seriam necessários pelo menos US$ 5,6 bilhões por ano até 2015 para universalizar o ensino primário.

(O Globo – O País – 9/11/04)